quinta-feira, 1 de março de 2012

SICKO

Olá Pessoas,

Voltamos às atividades em 2012. Depois de termos conseguido o CSQ e preparado a documentação para a parte federal, voltamos à rotina.

O nosso ano já começou com novidades. Primeiramente deixamos o curso no Centre Québec para passar a estudar na Aliança Francesa. O motivo é simples, já estávamos um pouco cansados do método do Centre e a Aliança tem reembolso quando chegarmos ao Canadá.

Durante as aulas na Aliança, soubemos de um documentário do Michael Moore sobre o sistema de saúde Estado-Unidense comparado com diversos países. Achamos o documentário muito bom, principalmente quando fala dos sistemas de saúde da França, Inglaterra e Cuba. Claro que ele não deixou de dar uma passada em Ontário, só para ver como eram as coisas do lado norte da fronteira.

Para quem se interessar o nome do documentário é SICKO. Caso ele não esteja disponível na sua locadora, segue o link dele no Youtube. Aproveito para comentar que no blog dos Lapins  tem uma série de reportagens em vídeo sobre o sistema de saúde québécois.














Abraços,
EA

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

L'entrevue

Salut notres amis!


Na semana passada foi nossa entrevista (mais especificamente na quarta-feira).

Fomos para SP na terça-feira à noite e ficamos no The Time Othon Suítes (bem ruinzinho pelo valor cobrado), quase na esquina com a AV. Berrini, pertinho do escritório de imigração do Québec. Como nossa entrevista era somente às 14h30, saímos do hotel ao meio dia e fomos almoçar e fazer uma hora no shopping D&D, que fica quase em frente ao prédio do escritório.  Lá, comemos o arroz com feijão, carne moída e abobrinha mais caro de nossas vidas. Mas como estava tudo muito cheio, era a opção disponível.

Seguimos para a recepção do prédio às 13h45 e a recepcionista pediu para esperarmos até às 14h15. Neste horário subimos até o 15º andar e fomos recepcionados em québécoise por uma moça muito simpática que pediu para aguardarmos em uma sala ao lado. Nesta sala tinha uma TV ligada com um show do Cique du Soleil (não era Celine Dion rs).

Esperamos uns 10 minutos e fomos chamados pelo M. Leblanc.  Ele nos recepcionou de forma bastante calorosa, e de início, já nos perguntou para onde gostaríamos de ir. Falamos que era para Longueuil e ele ficou bastante surpreso, comentando que não é um lugar muito procurado pelos imigrantes. A partir deste momento, ele começou a pedir os documentos, começando pelos do EA (requerente principal) e depois os meus.

Primeiro foram os documentos de identificação (Passaportes, certidões de nascimento e certidão de casamento), depois foram os diplomas e os históricos escolares. Neste momento, ele estava bem descontraído e até brincou que nossos diplomas (da Universidade Federal do Paraná) pareciam notas de R$ 20 devido à coloração amarela.  O EA aproveitou a brincadeira e disse que, apesar de a cor do papel ser igual à de uma nota de R$ 20 a cor da borda era de uma nota de R$ 50 e que era bem melhor. Depois disso, o EA entregou o diploma do técnico em Desenho Industrial e com isso, ganhamos mais 6 pontos. O meu diploma ele somente olhou e não falou mais nada, no entanto, houve um pouco de confusão com as datas já que terminei meu curso em 2006, mas só recebi o diploma em 2009.

Na etapa seguinte, ele nos solicitou os comprovantes de trabalho, seguindo a mesma ordem, primeiro os do EA e depois os meus. Para o EA, ele pediu além da carteira de trabalho algum outro comprovante e nesta hora ele soltou o primeiro “Tabarnouche!”, já que o EA tinha todos os holerites das empresas que havia trabalhado, bem como a comprovação de um prêmio que havia ganho e contratos de estágio de mil novecentos e bolinha (brincadeira, eram de 2004). Os meus, ele mal olhou novamente.

Pediu também os certificados de francês e inglês e pediu em francês para que o EA falasse em inglês quais eram as motivações para imigrarmos para o Québec. O EA respondeu direitinho, dizendo que até havíamos feito uma apresentação em Power Point sobre o assunto (e foi abrindo o computador) e disse que era em francês, mas que poderia tranquilamente traduzir para o inglês. M. Leblanc respondeu em francês que poderia ser em francês mesmo e acabou todo o extenso diálogo em inglês kkk

Mostramos a apresentação e ele começou a ler tudo com a maior atenção, nem precisamos falar muito sobre o assunto. Colocamos algumas informações sobre a violência citando que, em Curitiba, no primeiro final de semana de dezembro haviam sido relatados 24 assassinatos e  que em Montréal, em todo o ano passado ocorreram 37 homicídios. Neste momento ele soltou o segundo “Tabarnouche!”, falando que há 15 anos ele esteve aqui e que de uns tempos para cá muitos candidatos curitibanos tem reclamado da violência.

Na mesma apresentação, havíamos colocado nossos planos (A, B e C), que ele olhou rapidamente. Após, ele pediu para olhar as vagas de emprego do EA e também o currículo. Disse que o currículo em francês estava bom e que conhecia duas das empresas das quais eram as vagas, inclusive, sabia o endereço de cor. Comentamos que, quando estivemos no Québec, um dia nos perdermos e fomos parar na frente de uma delas.

Na apresentação colocamos também um mapa de Montréal dividido por regiões e o EA disse que, as vagas dele por sorte não estavam na região anglófona da cidade. M. Leblanc ficou surpreso e disse que não havia notado.

Depois, mostrei as minhas vagas e também meu currículo. Ele olhou apenas a primeira vaga e ficou realmente empolgado com a empresa, comentando que realmente era um lugar muito bom de se trabalhar, que paga muito bem, possui inúmeros benefícios e que, se ele tivesse a oportunidade, gostaria de trabalhar lá. Disse que para a minha área, eu deveria fazer um currículo mais técnico e rabiscou umas 3 páginas me explicando qual deveria ser o melhor formato para o meu CV. Nesta hora, já estávamos bem relaxados e tínhamos quase certeza que havíamos sido aprovados.

Logo depois, ele pegou o famoso “Apprendre  le Québec”  e dois pequenos folders e nos entregou. Também foi imprimindo o nosso CSQ e preenchendo mais alguns formulários.  Nesta hora, estávamos eu e o EA conversando sobre a vaga que ele tinha acabado de ver e daí ele parou o que estava fazendo e voltou a conversar conosco sobre o assunto. Recomendou que eu alterasse meu CV e começasse aplicar desde já, e disse que, caso fosse chamada poderia tentar agilizar o processo federal ou pedir um visto de trabalhador temporário.

Conversamos com ele por cerca de uma hora e ele se mostrou muito simpático e amigável. Não houve muitos momentos de silêncio durante a entrevista e esta foi muito tranquila. Podemos dizer que nossa experiência foi muito proveitosa e que não foi tão difícil quanto pensávamos. Penso que, isso depende muito da experiência de cada um, mas que o fato de estarmos calmos ajudou bastante.

Como bônus, fomos aprovados com um F (francófonos) em nossos CSQ e saímos de lá muito felizes. De lá, fomos direto para Congonhas e voltamos para Curitiba sem maiores problemas.

Mais detalhes sobre o nosso dossier e outras informações que possamos ter esquecido postaremos em breve.

Abraços,

DP e EA

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Rendez-vous

Salut montres amis!

Faltando apenas uma semana para o rendez-vous, nós continuamos trabalhando no dossier. Estamos trabalhando em uma versão em Power Point e outra impressa, além de agrupar todos os documentos necessários.

Agora é terminar a preparação e cruzar os dedos.

Abraços
DP e EA

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

40 ans de système métrique

Salut mes amis !

O Canadá está completando 40 anos de utilização do sistema métrico, que é o nosso sistema internacional de medias. Lembram da escola? Metro, litro, grama e etc.?

Então, alguns países de origem britânica como os Estados Unidos ainda utilizam plenamente o sistema imperial e outros como o Canadá começaram a transição, mas não terminaram. A imagem abaixo, tirada do Journal Métro, ilustra bem isto.


Normalmente quando as pessoas pensam em imigração e adaptação ao novo ambiente dificilmente pensam nos sistemas de medidas do país. Como turistas, no ano passado, o único calculo que tivemos que fazer foi para regular o ar-condicionado do quarto no hotel de Montréal. Já para quem pretende morar lá, como nós, o ideal é estudarmos um pouco antes e termos algumas contas simples na cabeça para ajudar.

Pés Quadrados (pi²)

É o equivalente a um quadrado de 12 polegadas de lado (30,7 cm). Ou para ficar mais fácil 0,09 m². Para a conversão para metros quadrados ficar mais fácil e arredondada, você pega a área dada em pés quadrados e corta um zero. Como exemplo as áreas das casas e terrenos é dada em pés quarados (10.000 pi² ± 1.000 m²)

Polegadas (po)

Para resumir a polegada é equivalente a 25,4 mm ou 2,54 cm. O problema da polegada são as frações nas quais normalmente ela é medida. 2”1/2, 5”1/4 etc. Não conheço um sistema simples para fazer a conversão, o mais fácil é ter uma calculadora à mão. Como curiosidade o sanduíche grande do Subway mede 12 po. e o pequeno 6 po. 

Galão (gallon)

Esta media é engraçada. O galão britânico foi baseado em um galão de cerveja (4,54 litros) e o americano em um galão de vinho (4,54 litros). Quer uma dica? Lembra-se da calculadora das polegadas? É melhor usar ela de novo.

Libras (livre)

A libra volta a ficar mais fácil, joga a calculadora no bolso. Uma libra é equivalente a 0,45 kg (meio quilo para facilitar). Se você pesa 70 kg no Brasil você vai pesar 140 livres no Québec!

Milhas (milles)

Calma, estas milhas são as milhas aéreas das companhias de aviação. No Canadá eles já adotaram os quilômetros para as distâncias nas estradas e as velocidades dos carros. Já se você for visitar o vizinho do sul você vai ter que usar o fator de conversão de 1,6. Se você estiver a 100 milhas por hora numa estrada norte americana é bom você tirar o pé do acelerador, você vai estar á 160 km/h.

Onça Líquida (oz.)

Se você achava que só existiam a onça pintada e a onça parda, eis a onça líquida. Uma onça líquida, ou oz, é equivalente a 29 ml. Para facilitar 1 litro é equivalente a aproximadamente 33 oz.

No começo pode parecer um pouco confuso, mas a prática e uma tabela básica no bolso ajuda bastante.

Abraços!
EA

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Retorno

Olá Pessoas!

Depois de um tempo ausente, nós passamos só para dizer que estamos vivos. Estamos naquela fase chata gostosa de preparar o dossier para a entrevista e os papéis para o processo federal.

Logo logo voltamos com mais notícias.

Abraços,
DP e EA

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Les États-Unis vont se séparer avant le Québec

Olá meus amigos!

Venho compartilhar uma matéria "emprestada" do Journal Metro de Montréal. Ela está em francês, mas achei realmente muito interessante. Para ler ela diretamente no jornal basta clicar aqui.

Abraços a todos e contagem regressiva para a entrevista.
EA


Eh oui mes amis, si vous voulez mon humble avis, les États-Unis d’Amérique vont se séparer en au moins trois parties dans environ 30 ans. Les États-Unis deviendront alors les États-Désunis.




Le clivage abyssal et les dissensions irréconciliables qui sévissent entre les fanatiques obsédés du Tea Party, des républicains et des télévangélistes face aux politiques préconisées par les démocrates et autres modérés des États-Unis, n’iront pas en s’estompant mais en s’accentuant dangereusement devant les problèmes structurels majeurs à résoudre au pays et devant la perte inexorable de pouvoir économique et politique mondial de ce pays. Les jeux sont faits et on va être témoin de l’implosion des États-Unis. Avec tout ce qui arrive, on ne peut plus dorénavant écarter cette possibilité.



On le voit bien, les positions des ultralibéraux de droite sur la résolution de problèmes importants aux États-Unis, comme ceux de la dette publique, le système de santé, les pensions de vieillesse, la fiscalité, la criminalité, la diplomatie (ou plutôt souvent l’absence de diplomatie) internationale, etc. sont aux antipodes des solutions avancées par les démocrates.



À l’investiture actuel du Parti républicain, c’est celui qui met de l’avant les politiques les plus ridiculement à droite qui reçoit le plus d’appuis des membres de ce parti politique, allant de Michele Bachmann à Rick Perry et de Sarah Palin à Hermain Cain. Comment, dans un aussi grand et puissant pays, de tels ignorants en sont-ils venus à prétendre à la présidence et à compter sur des millions de partisans?



Avant, quand les États-Unis dominaient et contrôlaient économiquement et politiquement le monde, les dissensions et les problèmes internes étaient masqués. Les États-Unis pouvaient payer les coûts phénoménaux de leur présence militaire dans tous les continents, de leur horrible système de santé privé deux fois plus cher par habitant que dans tout autre pays occidental et de leurs titanesques cadeaux fiscaux accordés aux ultrariches et aux entreprises, en allant simplement piger dans les ressources naturelles et les services publics qu’ils détenaient dans de nombreux pays.




Ne pouvant plus se servir allègrement dans l’assiette à beurre de ces pays, qui se sont extirpés de l’hégémonie américaine en nationalisant leurs services publics et leurs ressources naturelles (sauf évidemment le Canada encore et toujours entièrement inféodé à son maître), afin de payer les milliards pour leurs politiques militaires, fiscales et économiques du laissez-faire, tout cela a fait littéralement exploser les inégalités et la criminalité à des niveaux records et fait ressurgir au grand jour des problèmes jusqu’alors camouflés. Résultats : la classe moyenne s’est appauvrie, est surendettée et n’a plus les moyens de consommer, d’où la récession. Voilà où conduit la concentration excessive de la richesse.



Ce qui exacerbe autant les intégristes de droite des States, c’est la perte rapide de leur pouvoir économique mondial face à des pays comme la Chine, la Russie, le Brésil et l’Inde, qui doivent leur immense succès à une présence importante de l’État et à la propriété collective et nationale de leurs ressources naturelles, de leurs services publics et de leurs grandes entreprises. Aurait-on pu penser, il y a seulement de ça 10 ans, lire ce titre dans Le Devoir le 14 septembre dernier : «Le Brésil, la Russie, l’Inde et la Chine se réuniront à Washington pour établir un plan visant à aider la zone euro à se remettre sur les rails.» Ayoye, ça fait mal à l’égo des pays colonisateurs.



Aux États-Unis, les déments de droite tiennent non seulement à un État minimal pour ne pas dire néant, mais cultivent aussi la haine de ceux qui militent pour l’intervention des gouvernements, même dans les services sociaux de base, en les traitant de socialistes et de communistes pour faire peur au monde. Pour ces maniaques, c’est l’individualisme et leurs fausses libertés individuelles qui priment au détriment du bien commun qu’il faut absolument abattre. L’individualisme à tout crin n’est pas la solution mais le problème qui mène au chaos.




Même des pays européens, sud-américains, asiatiques et africains alliés ont pris leur distance face aux États-Unis depuis l’ère folle de Bush junior, Rice, Cheney, Rumsfeld et compagnie. Mieux vaut dorénavant être sur ses gardes et prêt à toute éventualité si jamais une débile comme Sarah Palin prend le pouvoir. Depuis la présidence de Bush Jr. et de son équipe de survoltés, les États-Unis ont perdu leur vernis et leur influence au niveau de la diplomatie internationale. Ils ne commandent plus du tout le même respect. On n’a plus peur de les confronter. Tiens, même l’ex-président mexicain Vicente Fox, qui a étudié aux States et qui a toujours représenté un allié fidèle, a fait récemment la leçon à l’actuel président des États-Unis, Barack Obama, en ces termes très durs : «Le problème avec les États-Unis, c’est qu’ils interviennent partout en pensant qu’ils proposent des solutions alors qu’ils ne font que créer des problèmes» (Le Devoir, 30 mai 2011). On parle ici de l’ancien président de droite du Mexique Vicente Fox et non de Fidel Castro ou de Hugo Chavez.



Eh oui, après l’Union soviétique, la Yougoslavie, la Tchécoslovaquie, le Soudan, etc., voilà que les États-Unis vont se disloquer en au moins trois États indépendants, dont deux États modérés et économiquement puissants mais trop éloignés géographiquement pour n’en faire qu’un, le Nord-est (New York, Massachusetts, Pennsylvanie, Illinois, etc.) et l’Ouest (Californie, Washington, etc.) et un autre pays formé des États très à droite du Sud et du Centre avec en tête de liste le Texas. C’est bien pour dire, les États-Unis vont se séparer avant le Québec et le reste du Canada ou peut-être au même moment si l’Alberta décidait de se joindre au nouvel État du Centre-sud des États-Unis. Imaginez, le Québec obtiendrait son indépendance grâce à la défection de l’Alberta conservatrice.



La perte de pouvoir et d’influence internationaux amène plusieurs Américains à ne pas le reconnaître et à ne pas l’accepter. Comme ils veulent continuer à dominer et à contrôler le monde, en n’ayant toujours plus les moyens de leurs ambitions, cela va alimenter davantage leur fanatisme et leur esprit belliqueux, créant au passage des remous et des clivages profonds, irréconciliables, provoquant des soulèvements populaires qui feront sauter et éclater le pays en au moins trois États indépendants. Vous allez voir dans trente ans et vous m’en donnerez des nouvelles.



La façon tonitruante avec laquelle ils ont fêté le dixième anniversaire du 11 septembre (omettant les millions de morts, blessés, orphelins, veufs en Irak) et la ridicule et envahissante présence militaire avec les drapeaux, les militaires, les avions et autres dans tous les matchs de sports amateurs et professionnels, entre autres, démontrent bien la fragilité de la marmite américaine prête à sauter à n’importe quel moment. Comme le chantait Mitsou, «Bye bye mon cowboy»!.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Convocação para Entrevista

Caros amigos, hoje recebemos por e-mail a convocação para a nossa entrevista no BIQ! Quase não acreditamos quando vimos.

A nossa entrevista foi marcada para o meio de dezembro. Pelo menos vamos ter ainda um bom tempo para nos preparar.

Abraços,
DP e EA