segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

L'entrevue

Salut notres amis!


Na semana passada foi nossa entrevista (mais especificamente na quarta-feira).

Fomos para SP na terça-feira à noite e ficamos no The Time Othon Suítes (bem ruinzinho pelo valor cobrado), quase na esquina com a AV. Berrini, pertinho do escritório de imigração do Québec. Como nossa entrevista era somente às 14h30, saímos do hotel ao meio dia e fomos almoçar e fazer uma hora no shopping D&D, que fica quase em frente ao prédio do escritório.  Lá, comemos o arroz com feijão, carne moída e abobrinha mais caro de nossas vidas. Mas como estava tudo muito cheio, era a opção disponível.

Seguimos para a recepção do prédio às 13h45 e a recepcionista pediu para esperarmos até às 14h15. Neste horário subimos até o 15º andar e fomos recepcionados em québécoise por uma moça muito simpática que pediu para aguardarmos em uma sala ao lado. Nesta sala tinha uma TV ligada com um show do Cique du Soleil (não era Celine Dion rs).

Esperamos uns 10 minutos e fomos chamados pelo M. Leblanc.  Ele nos recepcionou de forma bastante calorosa, e de início, já nos perguntou para onde gostaríamos de ir. Falamos que era para Longueuil e ele ficou bastante surpreso, comentando que não é um lugar muito procurado pelos imigrantes. A partir deste momento, ele começou a pedir os documentos, começando pelos do EA (requerente principal) e depois os meus.

Primeiro foram os documentos de identificação (Passaportes, certidões de nascimento e certidão de casamento), depois foram os diplomas e os históricos escolares. Neste momento, ele estava bem descontraído e até brincou que nossos diplomas (da Universidade Federal do Paraná) pareciam notas de R$ 20 devido à coloração amarela.  O EA aproveitou a brincadeira e disse que, apesar de a cor do papel ser igual à de uma nota de R$ 20 a cor da borda era de uma nota de R$ 50 e que era bem melhor. Depois disso, o EA entregou o diploma do técnico em Desenho Industrial e com isso, ganhamos mais 6 pontos. O meu diploma ele somente olhou e não falou mais nada, no entanto, houve um pouco de confusão com as datas já que terminei meu curso em 2006, mas só recebi o diploma em 2009.

Na etapa seguinte, ele nos solicitou os comprovantes de trabalho, seguindo a mesma ordem, primeiro os do EA e depois os meus. Para o EA, ele pediu além da carteira de trabalho algum outro comprovante e nesta hora ele soltou o primeiro “Tabarnouche!”, já que o EA tinha todos os holerites das empresas que havia trabalhado, bem como a comprovação de um prêmio que havia ganho e contratos de estágio de mil novecentos e bolinha (brincadeira, eram de 2004). Os meus, ele mal olhou novamente.

Pediu também os certificados de francês e inglês e pediu em francês para que o EA falasse em inglês quais eram as motivações para imigrarmos para o Québec. O EA respondeu direitinho, dizendo que até havíamos feito uma apresentação em Power Point sobre o assunto (e foi abrindo o computador) e disse que era em francês, mas que poderia tranquilamente traduzir para o inglês. M. Leblanc respondeu em francês que poderia ser em francês mesmo e acabou todo o extenso diálogo em inglês kkk

Mostramos a apresentação e ele começou a ler tudo com a maior atenção, nem precisamos falar muito sobre o assunto. Colocamos algumas informações sobre a violência citando que, em Curitiba, no primeiro final de semana de dezembro haviam sido relatados 24 assassinatos e  que em Montréal, em todo o ano passado ocorreram 37 homicídios. Neste momento ele soltou o segundo “Tabarnouche!”, falando que há 15 anos ele esteve aqui e que de uns tempos para cá muitos candidatos curitibanos tem reclamado da violência.

Na mesma apresentação, havíamos colocado nossos planos (A, B e C), que ele olhou rapidamente. Após, ele pediu para olhar as vagas de emprego do EA e também o currículo. Disse que o currículo em francês estava bom e que conhecia duas das empresas das quais eram as vagas, inclusive, sabia o endereço de cor. Comentamos que, quando estivemos no Québec, um dia nos perdermos e fomos parar na frente de uma delas.

Na apresentação colocamos também um mapa de Montréal dividido por regiões e o EA disse que, as vagas dele por sorte não estavam na região anglófona da cidade. M. Leblanc ficou surpreso e disse que não havia notado.

Depois, mostrei as minhas vagas e também meu currículo. Ele olhou apenas a primeira vaga e ficou realmente empolgado com a empresa, comentando que realmente era um lugar muito bom de se trabalhar, que paga muito bem, possui inúmeros benefícios e que, se ele tivesse a oportunidade, gostaria de trabalhar lá. Disse que para a minha área, eu deveria fazer um currículo mais técnico e rabiscou umas 3 páginas me explicando qual deveria ser o melhor formato para o meu CV. Nesta hora, já estávamos bem relaxados e tínhamos quase certeza que havíamos sido aprovados.

Logo depois, ele pegou o famoso “Apprendre  le Québec”  e dois pequenos folders e nos entregou. Também foi imprimindo o nosso CSQ e preenchendo mais alguns formulários.  Nesta hora, estávamos eu e o EA conversando sobre a vaga que ele tinha acabado de ver e daí ele parou o que estava fazendo e voltou a conversar conosco sobre o assunto. Recomendou que eu alterasse meu CV e começasse aplicar desde já, e disse que, caso fosse chamada poderia tentar agilizar o processo federal ou pedir um visto de trabalhador temporário.

Conversamos com ele por cerca de uma hora e ele se mostrou muito simpático e amigável. Não houve muitos momentos de silêncio durante a entrevista e esta foi muito tranquila. Podemos dizer que nossa experiência foi muito proveitosa e que não foi tão difícil quanto pensávamos. Penso que, isso depende muito da experiência de cada um, mas que o fato de estarmos calmos ajudou bastante.

Como bônus, fomos aprovados com um F (francófonos) em nossos CSQ e saímos de lá muito felizes. De lá, fomos direto para Congonhas e voltamos para Curitiba sem maiores problemas.

Mais detalhes sobre o nosso dossier e outras informações que possamos ter esquecido postaremos em breve.

Abraços,

DP e EA

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